O relator da CPI da Pandemia, Renan Calheiros, decidiu incluir no relatório final da comissão um pedido de indiciamento do governador do Amazonas, Wilson Lima, e do ex-secretário de Saúde do estado, José Marcellus Campelo.  

De última hora, ele incluiu também o colega de CPI, senador Luis Carlos Heinze, por disseminação de fake news. A sugestão foi feita pelo senador Alessandro Vieira e Calheiros acatou. 

Assim, o número de sugestões de indiciamento chega agora a 81. 

A versão final do documento prevê o indiciamento de 78 pessoas, incluindo o presidente Jair Bolsonaro e seus três filhos mais velhos, além de duas empresas.

Os senadores aprovaram também requerimentos pedindo o indiciamento de Bolsonaro pela associação entre a vacina contra a Covid-19 e a Aids. A ação pede o banimento do presidente das redes sociais e gerou debate entre os presentes. Além do pedido, foi aprovada a quebra sigilo telemático do chefe do executivo nacional.

Durante a votação, cada senador terá 15 minutos para comentar o documento e podem apresentar novos requerimentos de investigação em separado.

A CPI tem poder de investigação, mas não de punição. Por isso, o documento será encaminhado para a PGR analisar se oferece ou não denúncia contra pessoas com foro privilegiado. Caberá ao Ministério Público Federal do Distrito Federal e de São Paulo a análise de denúncia contra aqueles sem foro privilegiado.