Os integrantes da CPI da Pandemia retomam os trabalhos nesta terça-feira (3), após o fim do recesso do Congresso Nacional, com o depoimento do reverendo Amilton Gomes de Paula.
Ele é apontado como responsável por abrir as portas do Ministério da Saúde à empresa Davati Medical Supply, que tinha o cabo da Polícia Militar Luiz Paulo Dominguetti como representante.
Já na quarta (4), deverá comparecer o coronel Marcelo Blanco e, na quinta-feira (5), o empresário Airton Cascavel. Inicialmente, estava previsto o depoimento de Francisco Maximiano, sócio da Precisa Medicamentos.
O empresário, no entanto, está viajando e deverá ter a oitiva adiada para a próxima semana. A previsão é que ele retorne ao Brasil em 9 de agosto.
Até essa data, os parlamentares discutem se vão reter seu passaporte ou, até mesmo, se pedirão sua prisão preventiva. A relação entre os senadores e o empresário se desgastou depois de ele desmarcar duas vezes seu depoimento à CPI.
Na última quinta-feira (29), o vice-presidente da comissão, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), criticou a viagem à Índia: "Eu quero recomendar ao senhor Francisco Maximiano: volte e compareça à CPI de imediato no dia que seu depoimento está marcado".
Com a expectativa de retomada das atividades da CPI, em entrevista à Rádio ABC, o presidente Jair Bolsonaro voltou a atacar os trabalhos da comissão nesta segunda-feira (2).
"A CPI atrapalha, sim, tem gente que acredita. A grande mídia dá como verdade qualquer coisa que acontece na CPI que aponte na direção do governo", criticou o presidente da República.