A comissão que investiga as ações do governo federal durante a pandemia da Covid-19 ouviu nesta terça-feira (22) o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS).
O médico e ex-ministro da Cidadania foi convocado a depor na CPI por fazer parte do suposto “gabinete paralelo” - que seria responsável por assessorar o presidente Jair Bolsonaro nos assuntos relacionados ao enfrentamento da pandemia.
Durante toda a reunião, os senadores da CPI rebateram as informações dadas pelo deputado.
Em seu depoimento, Osmar Terra afirmou que a estratégia da Suécia de não fazer lockdown foi um sucesso e que o país teve um dos menores índices de mortes.
O deputado foi corrigido pelos senadores, que lembraram que a estratégia ocasionou superlotação nos serviços de saúde e elevou o número de mortes. Parlamentares também apontaram que, após o fracasso do governo no combate ao coronavírus, o primeiro-ministro a Suécia, Stefan Löfven, foi denunciado e tem uma semana para apresentar sua renúncia.
Osmar Terra foi questionado também sobre as previsões que fez minimizando os efeitos da pandemia. Ele disse, por exemplo, que o Brasil teria 800 mortos pelo coronavírus e que a pandemia terminaria em julho de 2020.
Ao falar sobre medicamentos como a cloroquina, com ineficácia comprovada contra a Covid-19, o deputado afirmou que a preocupação dele foi a de salvar vidas.
A reunião da CPI desta quarta-feira (23) está marcada para 9h.
O representante da Precisa Medicamentos Francisco Maximiano não irá comparecer para depor.
O depoimento estava marcado, mas o presidente da comissão, senador Omar Aziz, informou que o advogado de Maximiano disse que ele esteve na Índia e precisará fazer quarentena.
A reunião da comissão deverá ser apenas deliberativa.