A Corte Suprema do Peru reconheceu, por quatro votos a dois, o direito de morrer de uma paciente com doença degenerativa e condição incurável. A decisão desta quinta-feira (14), no entanto, não determina de que maneira será realizada a eutanásia.
É a primeira vez que o país autoriza o procedimento de morte assistida. A mulher de 45 anos tem polimiosite desde 12 anos. A enfermidade provoca fraqueza muscular e Ana Estrela usa cadeira de rodas desde os 20 anos.
A doença degenerativa é considerada sem cura e piora ao longo do tempo. Por isso, a peruana entrou na Justiça em 2021 para ter o direito da morte assistida.
Os juízes entenderam que um médico deverá por forma direta (com uso de medicamento de uso oral ou aplicação na veia) por fim à vida da mulher. A determinação foi comunicada ao Ministério da Saúde, que deve cumprir a medida.
Ainda não há informações sobre a data do procedimento, que provavelmente será realizado de maneira secreta para preservar a paciente, segundo a imprensa do país.