O Ministério da Defesa da Coreia do Sul apresentou um “protesto severo” às embaixadas da China e da Rússia em Seul nesta quarta-feira (07), lamentando que aeronaves militares dos dois países tenham voado perto de “áreas sensíveis próximas ao espaço aéreo sul-coreano”. O governo da Coreia do Sul ainda pediu para chineses e russos “tomem medidas apropriadas” para evitar que casos assim se repitam, aumentando as tensões na região.
Nesta terça-feira (06), caças sul-coreanos foram acionados em resposta à presença de quatro aeronaves militares chinesas e quatro russas. Segundo o governo da Coreia do Sul, os aviões não teriam violado o espaço aéreo do país, mas entrado na zona de identificação de defesa aérea sul-coreana, onde não há regras internacionais.
O governo do Japão também se manifestou e disse que acionou aeronaves do país em função do ocorrido. Ainda de acordo com os japoneses, dois bombardeiros russos se juntaram a dois chineses sobre o Mar do Japão e voaram juntos até o Mar da China Oriental, onde se juntaram a dois caças chineses.
Em resposta, o Ministério da Defesa da China disse que os aviões militares realizavam uma patrulha conjunta que faz parte de um plano de cooperação entre Pequim e Moscou. Esse foi o sexto exercício desse tipo desde 2019.
Durante patrulha conjunta em maio de 2022, aviões de guerra chineses e russos se aproximaram do espaço aéreo do Japão enquanto Tóquio hospedava uma cúpula Quad com os líderes dos Estados Unidos, Índia e Austrália. O exercício aéreo alarmou os japoneses, embora a China tenha dito que a patrulha não tinha a intenção de intimidar.
Os casos, aliados as manobras e exercícios militares dos Estados Unidos, têm aumentado as tensões na região.