O Comitê de Política Monetária do Banco Central aumentou em 0,75 ponto porcentual a taxa básica de juros nesta quarta-feira (05).
A partir de agora, a Selic passa de 2,75% para 3,5%. Uma nova alta foi sinalizada para a próxima reunião, em 45 dias.
O aumento da taxa básica, no entanto, é insuficiente para fazer com que a poupança e pequenos investimentos superem a inflação.
Com isso, ainda é uma desvantagem para o poupador manter aplicações convencionais, como na caderneta de poupança, na maior parte dos CDBs e em fundos de renda fixa referenciados pela taxa DI.
O professor Marcelo Neves, do Instituto de Pesquisas Financeiras, vinculado à USP, afirma que o Banco Central tenta ancorar a expectativa de inflação para o futuro.
Segundo ele, para o pequeno investidor as taxas de juros continuam negativas.
Para o tomador de empréstimos, o aumento da Selic é ainda pior.
Marcelo Neves lembra que juros cobrados das empresas e pessoas físicas pelos bancos também deve subir.
A inflação acelerou nos últimos meses: chegou a 6,10% no acumulado de 12 meses até março.
O mercado financeiro aumentou de 5,01% para 5,04% a projeção para a inflação de 2021.
Foi a quarta vez consecutiva que economistas e operadores aumentam a previsão para o índice de preços, segundo o Boletim Focus.