A decisão do Comitê de Política Monetária, de forma unânime, de acelerar a alta da taxa Selic ainda tem impacto irrelevante na previsão de inflação para o ano.
Após três elevações seguidas de 0,75 ponto porcentual nas reuniões anteriores, a autoridade monetária elevou a alta para 1 ponto porcentual, com a taxa de juros subindo de 4,25% para 5,25%.
A decisão foi em linha com a expectativa de mercado.
O economista José Pio Martins explica que se a inflação passar de 6,5% ao ano os juros poderão aumentar ainda mais.
O economista destaca que o controle da inflação precisa ter outros mecanismos.
Segundo ele, somente a elevação dos juros NÃO deve ter impacto no aumento dos preços.
Aos poupadores mais conservadores, José Pio Martins explica que ainda não é momento de voltar para a caderneta de poupança.
Segundo ele, somente a alta dos juros ainda não compensou a inflação e a regra mudou.
O Copom ainda deixou em aberto a possibilidade de um novo aumento da Selic na próxima reunião, marcada para daqui 45 dias.
Se a previsão se cumprir, os juros saltarão para 6,25% ao ano, maior percentual desde julho de 2019.
De São Paulo, Narley Resende