Copom começa nesta terça (20) reunião que vai decidir taxa básica de juros

Selic atualmente em 13,75% deve ser mantida, mas mercado espera sinalização de queda a partir de agosto

BandNews FM

Copom começa nesta terça (20) reunião que vai decidir taxa básica de juros
Copom começa nesta terça (20) reunião que vai decidir taxa básica de juros
Foto: Marcelo Casall Jr/Agência Brasil

O Comitê de Política Monetária do Banco Central começa a discutir nesta terça-feira (20) os rumos da taxa básica de juros da economia brasileira. Atualmente, a Selic está em 13,75%. O mercado financeiro não espera redução do índice neste momento, mas está de olho na sinalização do comunicado da reunião que será divulgado no fim da tarde de quarta-feira (21).

São nove integrantes do BC, o presidente e os diretores da instituição, que vão discutir e analisar os números da economia brasileira e mundial para decidir a taxa básica de juros. A Selic reflete o custo do dinheiro. Quanto mais alta a taxa, mas caro fica o crédito e mais difícil é a roda da economia girar.

Com a conjuntura macroeconômica em mãos, o Copom decide os juros vigentes nos próximos 45 dias, quando uma nova reunião reavalia a situação.

Na véspera do início do encontro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, almoçou com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. A agenda de ambos só foi atualizada após o término do encontro.

Mais cedo, Haddad disse que a Selic deveria ter baixado em março., enquanto Lula voltou a fazer coro com os críticos da alta taxa. Em transmissão on-line na manhã desta segunda (19), o presidente afirmou que o índice de 13,75% “não tem explicação” e voltou a pressionar Campos Neto: “O presidente do Banco Central precisa explicar, não a mim, porque eu já sei o porque ele não baixa, mas ao povo brasileiro”.

O patamar atual da Selic é o mais alto em seis anos. Além de Lula e Haddad, o empresariado também já pressiona pelo corte no índice. Na semana passada, a fundadora do Magazine Luiza, Luiza Helena Trajano, cobrou Campos Neto e disse que o varejo está quebrado com a manutenção do indicador.

O presidente do BC tem resistido e insiste que as decisões do Copom são técnicas e olham a longo prazo. Ele destaca que a queda da inflação é a meta principal do banco e aponta que ainda existem preocupações inflacionárias.

No mercado financeiro, conforme Boletim Focus divulgado nesta segunda, já há a expectativa de uma queda da Selic a partir de agosto, fechando o ano em 12,50% e baixando dos dois dígitos no próximo ano.

Os economistas também projetam uma melhora da inflação, com alta mais moderada nos preços até o fim de 2023.