O Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom, decidiu reduzir pela terceira vez consecutiva a taxa básica de juros nesta quarta-feira (01). A Selic saiu de 12,75% ao ano para 12,25% ao ano.
A decisão pela queda foi apoiada por todo os integrantes, inclusive pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto.
O índice está em processo de recuo desde agosto de 2023 e deve seguir assim nos próximos encontros, de acordo com o comunicado emitido.
O Comitê afirmou: “Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário".
Na visão do ex-diretor do Banco Central e sócio-diretor da Mauá Sekular Investimentos, Luiz Fernando Figueiredo, a redução foi uma escolha adequada do Copom. Ouvido pela BandNews FM, ele destacou que o Banco Central possui motivos para fazer a desaceleração de forma gradual e que é necessário fazer aos poucos essa mudança.
A Confederação Nacional das Indústrias, a CNI, emitiu uma nota nesta quarta (01) criticando a queda de 0,5 ponto porcentual, que classificou como insuficiente: A queda da Selic não é suficiente para impedir custos adicionais e desnecessários em termos de atividade econômica. Tenho a plena convicção de que a queda de juros não está na velocidade que nós precisamos. Na verdade, estamos em uma armadilha, porque a nossa taxa Selic atingiu um patamar bastante desestimulante. Entendo que não é possível fazer uma queda abrupta, mas o Banco Central poderia ser um pouco mais desafiador e ter iniciado uma redução mais acelerada”, destacou o presidente da instituição, Ricardo Alban.
Esse é o menor nível desde o início de maio de 2022, quando a taxa estava em 11,75% ao ano.