A Justiça do Rio de Janeiro nega o pedido de liberdade feito pela defesa do cônsul alemão Uwe Herbert Hahn, preso por suspeita de matar o próprio marido, o belga Walter Henri Maxilien.
Na decisão, a desembargadora Rosa Helena Penna contesta a alegação de que não havia elementos que caracterizassem o flagrante e afirma que a motivação da prisão é concreta e objetiva.
A defesa do cônsul ainda menciona a inviolabilidade pessoal prevista na Convenção de Viena, mas a magistrada destaca que o documento prevê a decretação de prisão preventiva de funcionários consulares em caso de crime grave.
O casal estava junto há mais de 20 anos — mas, de acordo com testemunhas, a relação dos dois era conturbada.
Segundo a polícia, a versão contada pelo cônsul, de que a vítima teria caído após um mal súbito, é incompatível com o exame de necropsia e a perícia realizada no apartamento.
O laudo revela que o corpo da vítima apresentava mais de 30 lesões na cabeça, no tronco e nos membros, que sugerem espancamento. A causa da morte foi traumatismo craniano.