A Justiça do Rio nega o pedido de habeas corpus da defesa do cônsul alemão Uwe Herbert Hahn. Ele foi preso em flagrante, na noite deste sábado (6), suspeito de matar o marido. Os advogados do diplomata alegaram que a prisão foi ilegal por ausência de flagrante e desrespeito à imunidade diplomática.
Na decisão, a juíza Maria Izabel Pena Pieranti afirmou que não cabe ao Juízo Plantonista, sem a cópia integral do processo, decidir sobre a soltura do investigado. A magistrada destacou que o correto é aguardar a análise em audiência de custódia ou direcionar o pedido ao juiz natural.
O belga Walter Henri Maxilien Biot, de 52 anos, foi encontrado morto neste sábado (6) no apartamento em que o casal morava em Ipanema, na Zona Sul do Rio. O exame de necropsia indicou que a vítima apresentava mais de 20 lesões e que a causa da morte foi traumatismo craniano, provocado por ação contundente.
Uwe chegou a alegar que o companheiro teria sofrido um mal súbito, o que foi descartado pelos investigadores após a conclusão do laudo cadavérico. O apartamento do casal também tinha sinais de que houve luta corporal. Segundo a delegada assistente Camila Lourenço, a versão contada à polícia apresentou incongruências quando confrontada com o exame de necropsia e a perícia realizada no apartamento.