O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta sexta-feira (24) o projeto que limita em 17% o ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, transporte coletivo e telecomunicações.
No entanto, o Chefe do Executivo vetou o trecho que garantia a compensação arrecadatória a Estados que tivessem perdas em investimentos na Saúde e Educação, este que foi o principal acordo costurado sobre o tema no Congresso Nacional.
Pela matéria, esses itens passam a ser classificados como essenciais e indispensáveis, o que impede que os estados cobrem taxa superior à alíquota geral de ICMS, que varia de 17% a 18%.
Até a aprovação do texto, os combustíveis e outros pontos que o projeto beneficia eram considerados desnecessários e pagavam, em alguns estados, até 30% de ICMS.
Na época da aprovação do texto, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, afirmou que não havia confronto com os Governadores e que a ideia era de auxiliar a população do país.
Essa lei é uma das apostas do Governo Federal para tentar conter a disparada da inflação, porém, o veto gera um atrito com Governadores, em um ano eleitoral.
A proposta já recebeu críticas de Estados e Municípios, que estimam uma perda de arrecadação de até R$ 83 bilhões, e o único recurso que poderia diminuir essa perda era exatamente a compensação.
Os vetos ainda serão analisados pelo Congresso Nacional, e já há uma sessão conjunta marcada para o dia 5 de julho. A ideia desse encontro é analisar a Lei de Diretrizes Orçamentárias.
No entanto, diante do peso dos vetos presidenciais como esse do ICMS e até o que trata sobre o despacho grátis de malas em aeronaves, a ideia é marcar mais uma sessão conjunta na primeira semana de julho.
A questão ainda não está definida, mas deve ser discutida ao longo das próximas reuniões de líderes da Câmara dos Deputados e também do Senado Federal.