O Congresso Nacional derrubou o veto do presidente Jair Bolsonaro aos R$ 5,7 bilhões de reais previstos para o fundo de financiamento de campanhas eleitorais pela Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2022.
Na Câmara, partidos como o PSOL, Novo, Podemos e PSL orientaram votos contrários, mas tanto a oposição quanto a base governista, inclusive o PL, novo partido do presidente, acabaram defendendo a derrubada da proposta.
O deputado Cacá Leão, que é integrante do PP, defendeu que o veto fosse derrubado para que o valor seja discutido na segunda-feira (20), na sessão da Comissão Mista de Orçamento.
Além disso, por falta de acordo entre os parlamentares, os líderes partidários decidiram adiar, para o ano que vem, a análise de outros 14 vetos presidenciais na sessão do Congresso Nacional realizada nesta sexta-feira (17).
Entre eles, o que tratava da distribuição gratuita de absorventes para estudantes e mulheres em situação de vulnerabilidade, da quebra de patentes das vacinas contra a Covid-19 e do projeto que obriga os planos de saúde a cobrirem os gastos com medicamentos de uso domiciliar e oral contra o câncer.
A senadora Zenaide Maia lamentou o adiamento da análise desses vetos.
Na mesma sessão do Congresso Nacional, os deputados também decidiram derrubar o veto ao reajuste para agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias, que está previsto no orçamento de 2022.
Outros dois vetos derrubados foram os que tratavam de trechos da medida provisória que viabiliza a privatização da Eletrobrás, entre eles, o que obriga a estatal a realocar a população que esteja na faixa de linhas de transmissão de alta tensão.