Depois de ser aprovado pelo Congresso Nacional, fica agora a expectativa para a reação do Supremo Tribunal Federal sobre o projeto que tenta dar transparência nas emendas RP9, as chamadas "emendas de relator".
A proposta, que muda a apresentação, aprovação e execução dessas despesas, foi uma resposta tanto da Câmara quanto do Senado para uma decisão do próprio Supremo sobre esses pagamentos.
Segundo a Corte, é necessário dar publicidade e transparência à distribuição dos recursos com base em demandas de parlamentares.
O relator da proposta, o senador Marcelo Castro, apresentou um parecer que impõe um limite para que as emendas de relator-geral não ultrapassem a soma dos valores das emendas individuais e das emendas de bancada.
Além disso, ele rejeitou todas as 22 emendas que foram propostas pelos parlamentares.
Isso significa que as emendas de relator passam a ter um teto de cerca de 16 bilhões de reais no orçamento do ano que vem.
Marcelo Castro defendeu a publicidade a partir de agora, e não dos outros anos anteriores, e que assim, o projeto atende a decisão do Supremo Tribunal Federal.
Mesmo assim, o texto foi bastante criticado.
A deputada Adriana Ventura afirmou que a proposta não melhora essa questão da transparência.
Segundo os parlamentares, a suspensão das emendas poderia interromper obras e serviços em andamento.
E, de acordo com dados da Comissão Mista de Orçamento, 87% dos municípios brasileiros, o que corresponde a quase cinco mil prefeituras, foram beneficiados por emendas de relator somente em 2021.