O Congresso Nacional realiza na tarde desta quinta-feira (02) a primeira sessão conjunta entre deputados federais e senadores. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, vai representar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na abertura oficial dos trabalhos e vai levar a mensagem de que o governo quer priorizar a aprovação da Reforma Tributária e a votação de uma nova âncora fiscal para a economia.
A sessão solene acontece após a posse dos parlamentares ocorrida na quarta-feira (1º). Os 513 deputados federais e os 27 novos senadores reelegeram também Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL) para as presidências do Senado e da Câmara.
Um bom relacionamento do Palácio do Planalto com o Congresso é um desafio para o atual governo, que, em tese, não tem maioria parlamentar. Lula e os aliados se empenharam na eleição de Lira e, principalmente, de Pacheco. No Senado, o governo precisava barrar a ascensão de Rogério Marinho (PL-RN), um ex-ministro de Jair Bolsonaro e defensor das pautas bolsonaristas.
Em concordância com o governo federal, o chefe do Senado, Rodrigo Pacheco, disse que colocará como prioridade a discussão da âncora fiscal, mas negou estar "refém" do executivo e exigiu o corte de gastos por parte de Lula.
Já o deputado Arthur Lira, reeleito a presidência da Câmara, com 464 votos, recorde em relação à eleição anterior, solicitou ao presidente Lula em troca de ajuda na aprovação da PEC da Transição, que mantém o pagamento de R$ 600 reais no Bolsa Família, uma das principais promessas de campanha do atual presidente.