Líderes mundiais condenam o ataque com míssil que deixou cerca de 50 mortos e dezenas de feridos em uma estação de trem na cidade de Kramatorsk, no leste da Ucrânia.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, classificou o bombardeio como "completamente inaceitável" e uma “violação grave do direito internacional humanitário".
Segundo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, essa foi “outra atrocidade cometida pela Rússia”.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, se disse chocada com o acontecimento.
Já o presidente francês, Emmanuel Macron, chamou o ataque de “abominável” e pediu investigações sobre o ocorrido.
A secretária de Relações Exteriores do Reino Unido, Liz Truss, exigiu que a Rússia e o presidente Vladimir Putin sejam responsabilizados.
O exército russo foi acusado de ter lançado uma bomba de fragmentação, equipamento proibido por uma convenção da ONU. A Rússia, no entanto, não é signatária do acordo, e tem sido alvo de diversas denúncias de uso dos equipamentos.
O míssil contém mini-bombas que são espalhadas em alta velocidade pelo solo, criando uma espécie de "mina terrestre".
Moscou negou a autoria do ataque e informou que as tropas não tinham operações militares agendadas para a área.
Zelensky
Nesta sexta-feira (08), em reunião com chefes da União Europeia na cidade de Kiev, o presidente ucraniano pediu para que o bloco aumente ainda mais a pressão sobre a Rússia.
Volodymyr Zelensky agradeceu as ações tomadas até agora, mas disse que elas não são suficientes. Ele ressaltou que territórios podem ser reconquistados, mas que as vidas perdidas não podem ser devolvidas.
Após a fala de Zelensky, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, garantiu que novas sanções serão aplicadas contra Moscou. E destacou que as ações tomadas até agora já surtiram grandes efeitos.
O bloco ainda prometeu uma ajuda de 500 milhões de euros ao país nos próximos dias.
Rússia
Também nesta sexta, o Ministério da Justiça russo anunciou a revogação do registro de 15 escritórios de representação de organizações internacionais e ONGs estrangeiras, incluindo a Anistia Internacional e a Human Rights Watch.
Segundo o Kremlin, eles foram expulsos depois de terem violado a legislação do país.