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Como conversar com pais, responsáveis e jovens sobre ataques em escolas?

Claudia Costin defende psicólogos em salas e diálogo aberto entre pais e filhos

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Como conversar com pais, responsáveis e jovens sobre ataques em escolas?
Agência Brasil

Pais e responsáveis continuam em alerta para informações que vêm circulando em redes sociais e aplicativos de mensagens com supostas ameaças de ataques em escolas de todo o país.

Nesta terça-feira (11), um jovem de 13 anos atacou três colegas com uma faca no Colégio Estadual Dr. Marco Aurélio, em Santa Tereza de Goiás. Os feridos passam bem. A Polícia Civil também identificou e apreendeu em flagrante um menor que fez ameaças em duas escolas públicas de Rio Verde.

Para a diretora em Políticas Educacionais da FVG, Claudia Costin, os atos recentes não se restringem apenas a uma questão de segurança, mas também de educação a longo prazo.

Em entrevista à BandNews FM, a especialista afirmou que as redes sociais têm, sim, influência sobre as atitudes dos jovens. O governo federal tem tentado chegar a um acordo com as plataformas para limitar o acesso de adolescentes a determinados conteúdos.

Ela também defendeu a presença de psicólogos nas escolas para atuarem junto dos professores e, assim, monitorar sinais de atitudes suspeitas.

"É normal que adolescentes não tenham muito controle sobre seus impulsos. Aliás, o córtex pré frontal, que é a área do cérebro que permite a auto regulação, não está maduro antes dos 25 anos, mas não é normal que isso se converta em assassinatos e ataques", afirmou.

Claudia Costin ressalta que pais e responsáveis devem criar um canal de escuta ativo para que os jovens tenham liberdade e confiança para conversar sobre o assunto.

Por fim, a especialista alerta que a disseminação de imagens e vídeos sobre as ameaças também representa um perigo. "Não podemos dar visibilidade ao agressor, não vamos torná-los famosos", conclui.