A retirada do avião monomotor que caiu em uma área residencial em Belo Horizonte, começou nesta segunda-feira (13). O voo, que estava vindo do Rio de Janeiro, iria pousar no aeroporto Carlos Prates.
No avião, estavam presentes duas pessoas. O piloto José Luiz de Oliveira, de 66 anos, chegou a ser socorrido no local, mas não resistiu. A filha dele, Jéssica Oliveira, de 33 anos, segue internada em estado grave no Hospital João XXIII. Vicentina Colares, uma das donas das casas que foram atingidas pelo avião, conta que se assustou com a cena.
Em uma rede social, o prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman, reiterou o pedido de que a área do aeroporto seja repassada para o município. “Lamento mais um acidente envolvendo o aeroporto Carlos Prates e, outra vez, com vítima fatal, além de casas atingidas. Na próxima terça-feira estarei em Brasília para uma série de compromissos e irei reiterar nosso pedido para que o governo federal repasse a área para o município".
A desativação do aeroporto é promessa do governo desde 2020, após um acidente em 2019 que resultou em quatro pessoas mortas. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) chegou a determinar o fim das atividades aéreas para dezembro de 2021. No entanto, essa decisão foi prorrogada por consecutivas vezes.
Dois dias antes da desativação, a Prefeitura de Belo Horizonte, que já demonstrava interesse em comandar o local, anunciou uma nova portaria, alterando o prazo para o dia primeiro de maio de 2022. A ação se repetiu pela terceira vez após mais uma portaria ser divulgada pelo ANAC, alterando o encerramento para primeiro de janeiro deste ano.
Por fim, em 16 de dezembro de 2022, perto do fim da operação, a Anac adiou mais uma vez a desativação. O prazo atual para o fechamento do aeroporto ficou para primeiro de abril de 2023. O motivo desse adiamento não foi esclarecido.