A primeira audiência de instrução e julgamento do anestesista Giovanni Quintella Bezerra, flagrado abusando sexualmente de uma paciente durante um parto, em julho deste ano, aconteceu nesta segunda-feira (12), no Fórum de São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
Um grupo de enfermeiros do Hospital da Mulher do Rio de Janeiro, decidiram gravar uma das cirurgias feitas por Giovanni, após desconfiar da conduta do médico durante os partos. Giovanni utilizava uma cortina que cobria a visão do restante da equipe, para o procedimento. Além de desconfiar da quantidade de anestésico que o médico administrava nas mulheres.
Nas gravações entregues a polícia, Giovanni aparece forçando o sexo oral com a vítima completamente sedada.
Espera-se que sejam ouvidas na fase de instrução a vítima que apareceu no vídeo sendo abusada e o marido dela, além de oito testemunhas de acusação e oito de defesa, peritos, e o próprio anestesista.
A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Rio informou que o processo sob segredo de justiça e não serão divulgados a ordem dos depoimentos. Além da sessão ser fechada para a imprensa.
O que se sabe é que os policiais responsáveis pela investigação não foram convocados para essa primeira audiência.
Giovanni de 32 anos, que atuava como anestesista desde abril deste ano, está preso no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio. Ele foi indiciado por estupro de vulnerável, crime que pode ter pena de até 15 anos de prisão. O médico teve o registro suspenso pelo Conselho Regional de Medicina do Rio.
Responsável pela defesa do acusado, a Defensoria Pública do Rio informou que não vai se manifestar sobre o caso.