Sem trégua da inflação, o Comitê de Política Monetária do Banco Central deve acelerar o ritmo de elevação da taxa básica de juros. A expectativa é de que o Copom promova nesta quarta-feira (27) um aumento de 1,25 ponto porcentual na Selic.
Com isso, a taxa básica de juros passaria de 6,25% para 7,5% ao ano – o maior nível desde outubro de 2017.
O novo índice deve ser divulgado no início da noite desta quarta.
Alguns analistas já cogitam um aumento ainda maior, de até 3% na taxa básica de juros.
O reajuste na Selic busca controlar a inflação, que está em alta. Influenciado por grupos como transportes e alimentação, o IPCA-15 – prévia da inflação oficial - acumula uma alta de 10,34% em 12 meses.
Em outubro, o avanço foi de 1,2% - o maior índice para outubro desde 1995.
Ao aumentar a Selic, o crédito também fica mais caro. Na segunda-feira (25), o Banco Central divulgou que os brasileiros já estão pagando mais caro para tomar crédito.
O levantamento aponta que a taxa média de juros para pessoas físicas chegou a 41,3% ao ano, aumento de 0,5 ponto percentual em setembro, na comparação com agosto.
O destaque da pesquisa é o rotativo do cartão de crédito, que teve alta de 3,7 pontos percentuais no mês, alcançando 339,5% ao ano.
O rotativo é o crédito tomado pelo consumidor quando paga menos que o valor integral da fatura do cartão e dura 30 dias.