A cidade de São Paulo registrou ‘chuva de fuligem’ na tarde da última quarta-feira (11). O fenômeno foi visto por uma meteorologista da Climatempo na zona oeste da capital, no limite com Osasco.   

A queda de fuligem pode ser presenciada com mais frequência no interior paulista, em regiões que concentram grande quantidade de focos de incêndio. De acordo com a Defesa Civil, 15 cidades registram focos ativos de fogo e fumaça.  

O governo de SP, por meio da Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística prorrogou o fechamento emergencial de 81 parques e unidades de conservação até 29 de setembro. A decisão tem base nas condições climáticas ruins no Estado. Os parques estaduais em Campos do Jordão e Cantareira permanecem parcialmente abertos.  

O Ministério da Saúde anunciou na quarta (11) a instalação de tendas de apoio em locais afetados pela qualidade do ar e outros efeitos diretos das queimadas no país. A previsão inicial da pasta inclui municípios do oeste do estado de São Paulo.  

Em entrevista coletiva, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou que ainda não há necessidade de decretar o uso obrigatório de máscaras, mas orientou a população sobre o risco em se expor à fumaça dos incêndios florestais:  

"A nossa recomendação [do Ministério da Saúde] é que se evite a exposição por um tempo prolongado nessas áreas, ficar o mais distante possível do foco das queimadas. Além disso, recomendamos a hidratação e a umidificação dos ambientes, que pode ser feita com tecnologias diversas desde bacias d'água espalhadas pela casa, toalhas umedecidas e a utilização de umidificadores de ar.” 

De acordo com a Climatempo, a quantidade de fumaça sobre São Paulo poderá aumentar por causa do deslocamento de uma frente fria no fim de semana. 

*Sob supervisão de Eduardo Frumento