CNI projeta crescimento de 1,6% no PIB brasileiro para 2023

Para este ano, Confederação Nacional da Indústria prevê alta de 3,1%

Por Autor Band

CNI prevê aumento do PIB Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil
CNI prevê aumento do PIB
Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

A Confederação Nacional da Indústria prevê um aumento do Produto Interno Bruto na casa de 1,6% para o ano que vem. A expansão ocorreria sobre o crescimento de 3,1%, que já foi previsto para este ano de 2022.

Além disso, a redução do ritmo de crescimento da economia deve ser provocada, principalmente, pelas altas taxas de juros, mas também pela inflação elevada e menor crescimento mundial.

O gerente executivo de Economia da CNI, Mário Sérgio Telles, destaca que o crescimento do PIB é um grande desafio para o novo governo, e que ele passa obrigatoriamente pelo crescimento da indústria.

A previsão é de alta de 0,8% do PIB na indústria em 2023, desempenho menor do que a expansão de 1,8% que foi prevista para este ano.

Em outro ponto, a indústria de transformação vai crescer 0,3%, com expectativa de desempenhos setoriais diferentes: os produtores de bens mais sensíveis à renda com desempenho mais favorável do que as indústrias com produtos mais sensíveis ao crédito, que terão mais dificuldades em função dos juros elevados.

Para criar as bases de um crescimento sustentável, a CNI avalia que a prioridade para 2023 precisa ser a reforma tributária sobre o consumo.

Há uma PEC sobre o tema no Congresso, e ela contempla as principais demandas do setor produtivo, além de corrigir distorções do sistema tributário atual.

A Economista Lytha Spindola aponta alguns fatores que devem ser tomados como prioridade para o próximo ano, para um crescimento da indústria brasileira.

Por fim, a CNI destaca que as propostas da indústria, que foram entregues ao futuro governo, não se baseiam na criação de incentivos nem na redução de tributos.

Segundo a entidade, o documento tem foco na adoção de medidas que garantam às indústrias nacionais igualdade de condições diante da competição do mercado internacional, com a redução do Custo Brasil e com políticas de apoio à indústria nacional.