O primeiro-ministro de Cingapura anunciou neste domingo (21) o fim da criminalização do sexo entre homens no país. Lee Hsien Loong disse que a sociedade local está “mais aberta” ao tema, mas reforçou que o casamento civil continua restrito aos casais formados por homem e mulher.

O premiê não anunciou uma data para a descriminalização. Há um dispositivo na Constituição do país que prevê a prisão por até dois anos de homens flagrados em atos sexuais, embora prisões não ocorram há anos por este motivo.

Grupos LGBTs viram no anúncio uma “cortina de fumaça” e cobram o reconhecimento de família homoafetivas no país. No entanto, o primeiro-ministro disse, em discurso, que as “famílias tradicionais” são o alicerce básico da sociedade e que as crianças continuarão sendo criadas assim.

Igrejas locais criticaram a medida e fizeram discursos contra a população LGBTQIA+.

Cingapura é uma cidade-Estado de maioria budista. A ilha se tornou uma potência econômica por conta da localização privilegiada e tem um dos portos mais movimentados do mundo.

Com uma política internacional neutra, o país tem relação com China e Estados Unidos, além de ser uma ex-colônia britânica.