Cinco capitais brasileiras enfrentam surto ou epidemia de gripe

Órgãos de saúde apontam surgimento de nova cepa e flexibilização de medidas restritivas como possíveis causas

BandNewsFM

Em São Paulo, a Prefeitura pretende fazer uma campanha de vacinação extra Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Em São Paulo, a Prefeitura pretende fazer uma campanha de vacinação extra
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

As cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Vitória, Salvador e Manaus vivem surto ou epidemia de gripe.

No Rio, a Secretaria de Estado de Saúde afirma que o aumento do número de casos é causado pela cepa Darwin H3N2 do vírus influenza A.

A infectologista pesquisadora da Universidade Federal de São Paulo, Nancy Bellei, alerta também para o aumento no número de casos que precisam de hospitalizações.

Além da capital do estado, a área afetada abrange todos os municípios da Baixada Fluminense e cidades como Niterói e São Gonçalo, a segunda mais populosa do Rio de Janeiro.

Em São Paulo, a Prefeitura pretende fazer uma campanha de vacinação extra. O prefeito Ricardo Nunes chamou o cenário de assustador.

Por outro lado, a Secretaria Estadual da Saúde acredita que ainda não é a hora de antecipar uma campanha de vacinação contra a gripe, pois acredita que o crescimento no número de casos da doença no Estado de São Paulo ainda ocorre de maneira pontual.

No Espírito Santo, em duas semanas o número de atendimento de pacientes com sintomas gripais superou a quantidade estimada para a época. Segundo a Prefeitura, a meta é vacinar cerca de 30 mil pessoas por dia.

Já em Salvador, a Secretaria Municipal de Saúde informou que vai reabrir, nesta sexta-feira (17), o gripário no bairro do Pau Miúdo. 109 casos de gripe foram confirmados, sendo 32 da Influenza H3N2.

Em toda a Bahia, pelo menos 15 pacientes evoluíram para Síndrome Respiratória Aguda Grave e precisaram de hospitalizações.

O secretário de saúde da capital baiana, Leo Prates, acredita que a flexibilização das medidas restritivas pode ter contribuído para o surto.

Em Manaus, foram registrados mais de 300 casos entre outubro e os primeiros dias de dezembro. No ano passado, no mesmo período, nenhum caso havia sido registrado.