Cidades fronteiriças pedem prioridade na vacinação contra a Covid-19

Frente Nacional dos Prefeitos alega alto fluxo de pessoas nessas regiões

Rádio BandNews FM

O comitê do Plano Nacional de Imunização (PNI) vai debater se cidades fronteiriças podem ter prioridade na campanha de vacinação contra a Covid-19
Foto: EBC

O comitê do Plano Nacional de Imunização (PNI) vai debater se cidades fronteiriças podem ter prioridade na campanha de vacinação contra a Covid-19. O pedido foi feito pelo prefeito de Foz do Iguaçu, Chico Brasileiro, durante reunião da Frente Nacional dos Prefeitos, da qual é vice-presidente, nesta segunda-feira (14).

Em conversa com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, o gestor afirmou que ao menos 39 cidades estão mais expostas às novas variantes do coronavírus. Só na Ponte de Amizade, que liga o Brasil ao Paraguai, cerca de 40 mil pessoas cruzam a fronteira todos os dias.

Chico Brasileiro também pediu a instalação de barreiras sanitárias. Segundo ele, não há controle para evitar a entrada de novas variantes de preocupação do coronavírus, o que expõe as cidades e o próprio País a um risco desconhecido. O ministro da Saúde respondeu que levaria a demanda para a Casa Civil e outros ministérios. O comitê não tem prazo para responder ao pedido.

Queiroga prometeu ampliar o programa de testagem contra a Covid-19 no Brasil. O ministério diz que está negociando a compra de 14 milhões de testes de antígeno. Segundo o titular da pasta, todas as pessoas que frequentam aeroportos precisam ser testadas para prevenir a propagação do vírus.

Sobre a prioridade na obtenção de vacinas, Queiroga se mostrou aberto à ideia, mas explicou que todas as ações nesse sentido passam por um planejamento feito entre secretarias municipais e estaduais, além do governo federal.

A regional de Foz do Iguaçu tem, atualmente, a maior incidência de coronavírus do Paraná, com quase 14 mil casos confirmados para cada 100 mil habitantes. A taxa é 40% maior do que a média paranaense. O município de Foz do Iguaçu acumula mais de 38 mil diagnósticos e 884 mortes por complicações da Covid-19, segundo a Secretaria de Estado da Saúde.

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