A Nova Zelândia ainda contabiliza os prejuízos causados pela passagem do ciclone Gabrielle, já considerado o maior desastre do século no país. Três pessoas morreram, conforme dados repassados pelas autoridades nesta quarta-feira (15). O governo declarou estado de emergência nacional e cerca de 140 mil pessoas estão sem energia na ilha da Oceania.
Considerado pelas autoridades um desastre natural “sem precedentes”, as enchentes causadas pelo fenômeno obrigaram, ao todo, 2.500 pessoas a saírem de casa. Ainda existem áreas inacessíveis e sem comunicação, o que pode fazer o número de afetados aumentar.
Entre as vítimas do desastre natural, estão dois bombeiros que realizavam um resgate em uma residência quando a estrutura desabou. Um dos afetados pelo desabamento foi resgatado e outro continua desaparecido.
O primeiro-ministro Chris Hipkins informou que o ciclone Gabrielle é o evento climático mais significativo que o país presenciou neste século. “Ainda estamos construindo uma imagem dos efeitos do ciclone enquanto ele continua a se desenrolar”, disse Hipkins.
O ciclone é o segundo evento climático significativo a atingir Auckland e a parte superior da Ilha do Norte em poucas semanas. A região foi atingida por grandes volumes de chuvas que provocaram inundações e terminou com a morte de 4 pessoas.
Na região de Hawkes Bay, helicópteros militares foram incapazes de realizar o resgate de pessoas ilhadas por conta do clima instável. Os deslizamentos de terra destruíram casas e bloquearam rodovias locais.
A previsão é de mais chuvas e ventos fortes ao longo do dia, o que complica as operações de socorro.
A Air New Zeland, empresa de aviação nacional, cancelou todos os voos domésticos para Auckland, a maior cidade do país e centro financeiro da Nova Zelândia.