A passagem de um ciclone extratropical segue causando estragos pelo Rio Grande do Sul. Seis pessoas morreram e 215 pessoas em cinco cidades seguem desalojadas por conta dos efeitos do temporal e fortes chuvas que caíram entre o domingo e a madrugada desta terça-feira (5).
Com efeitos diretos ou indiretos, 54 cidades registraram ocorrências nas regiões Norte, Serra Gaúcha e nos vales do Taquari e Caí, segundo a Defesa Civil. Em Roca Sales, a 140 km de Porto Alegre, a prefeitura pediu, durante a madrugada, em medida extrema, para que os moradores subissem nos telhados das residências.
Em Muçum, na mesma região, o nível do Rio Taquari está perto de chegar aos 25 metros e já se considera essa como a maior enchente da história na cidade.
Em Nova Roma do Sul, na Serra, uma ponte de 90 anos de idade inaugurada ainda durante o governo de Getúlio Vargas foi levada pela forte correnteza do Rio das Antas, que servia como importante ligação para o município.
Já em Nova Prata, um morador filmou o momento em que uma casa abandonada foi arrastada pela água do Rio Sabiá.
Em Marau, a prefeitura monitora a situação da barragem de Capingui III, que estava em situação de emergência.
O volume das águas reduziu e o sistema passou à situação de alerta e não há risco de colapso da estrutura no momento. Em rodovias estaduais e federais, há pelo menos 33 pontos de bloqueio por pontes tomadas por rios ou quedas de barreira.