As condições climáticas aliviam os dias abafados e quentes que o território paulista enfrentou na semana passada. Segundo as medições da Companhia Ambiental do Estado, a chuva desta segunda-feira (16), melhorou a qualidade do ar, que até às 16h, era considerada boa em todos os pontos de São Paulo.
Outras regiões do Brasil ainda enfrentam tempo seco, baixa umidade relativa do ar e queimadas florestais. Em Brasília, um incêndio de grande proporção destruiu parte de uma vegetação e ameaça a fauna do Parque Nacional de Brasília, conhecido também como Parque da Água Mineral.
Segundo o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, o incêndio começou no último domingo (15) e já atingiu 700 hectares de terras.
O governo do Distrito Federal permitiu a suspensão de aulas, em razão de uma densa coluna de fumaça que encobriu boa parte da região.
A previsão dos brigadistas é que o combate ao sinistro perdure pelos próximos dias.
No norte do país, a seca se agrava em Manaus, no Amazonas. O nível do Rio Negro chegou a 15 metros, nesta segunda (16). O governo do estado iniciou a primeira fase da Operação Estiagem, onde famílias ribeirinhas afetadas pela seca vão receber cestas básicas.
A situação também é crítica no oeste do estado, onde o Rio Juruá percorre. Devido à baixa, uma embarcação, que transportava 35 passageiros e quatro tripulantes, afundou após colidir em um tronco de uma árvore, ninguém ficou ferido.
Em Rio Branco, mesmo com as chuvas pontuais, o Rio Acre atingiu a menor cota registrada no estado.
Segundo a Secretaria Nacional da Defesa Civil, a expectativa é de que a estiagem dure até novembro na região norte.
Após o deslocamento de uma massa de ar frio do Paraná, São Paulo atingiu temperaturas amenas e uma melhor qualidade do ar, devido às chuvas. Porém, outras regiões do Sudeste ainda sofrem com a baixa pluviosidade.
Belo Horizonte, em Minas Gerais, completou 151 dias sem chuvas, a maior escassez desde 1963. O Instituto de Meteorologia mantém o alerta de baixa umidade relativa do ar no estado.
O cenário crítico pode mudar na capital mineira com o deslocamento da frente fria, aumentando a infiltração marítima, o que pode ocasionar em chuvas fracas em boa parte da região.
Sob supervisão de Arthur Coelho*