O ministro da Agricultura afirmou nesta quinta-feira (23) que a China retirou o embargo à importação da carne bovina brasileira. As vendas para os chineses foram suspensas em fevereiro, quando um caso atípico do “mal da vaca louca” foi diagnosticado no Pará.

O ministro Carlos Fávaro anunciou a retomada das exportações após sair de uma reunião com autoridades chinesas em Pequim. A equipe ministerial já está no país para preparar a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que embarca na próxima sexta-feira (24) para a terceira viagem internacional desde o início do mandato.

Segundo o ministério, ficou definido que a liberação será para carnes de animais abatidos a partir do dia 24 de março. O embarque dos produtos brasileiros ficaram paralisados por 29 dias.

“Após reunião com a delegação brasileira, nesta quinta-feira (23), em Pequim, o governo chinês decidiu levantar o embargo à carne bovina brasileira. A liberação das exportações é para as carnes de animais abatidos a partir do dia 24 de março”, diz a nota do Ministério da Agricultura.

Em pronunciamento, Fávaro agradeceu ao governo chinês e aos técnicos que trabalharam para a retomada das vendas da carne bovina para os chineses: “Tenho certeza que este é um passo para que o Brasil avance com oportunidades para a pecuária brasileira”, disse o ministro.

A comitiva do governo na viagem para a China conta com a presença de ministros, parlamentares e empresários. São 240 representantes, sendo 90 do setor agrícola.

A China é o principal mercado da carne bovina brasileira e representa até 60% das importações do Brasil no setor.

RELEMBRE O EMBARGO

A China anunciou a suspensão logo após o diagnóstico do caso do mal da vaca louca, em 22 de fevereiro. O animal tinha 9 anos e pertencia a uma fazenda de Marabá, no Pará. Exames detectaram que a doença era atípica porque o animal era velho e não havia riscos de contaminação para o rebanho.

No início de março, outros países anunciaram a suspensão da exportação de carne brasileira: Tailândia, Irã e Jordânia.

Apesar do anúncio das autoridades do Brasil, o embargo foi concretizado devido ao acordo bilateral com chineses. O documento prevê que um único caso da doença deve desencadear a proibição das exportações para o território asiático.