Após manifestações e protestos, os chilenos elegeram uma nova Assembleia Constituinte, com 155 representantes. A votação ocorreu no último fim de semana, nos dias 15 e 16 de maio. Os legisladores terão dois anos para elaborar o novo documento.
A antiga Constituição do Chile foi herdada da ditadura de Augusto Pinochet, que governou de 1973 a 1990 e inseriu grande desigualdade no país.
A votação, que era para ocorrer primeiramente em 11 de abril, foi adiada por cinco semanas devido a uma onda de Covid-19 que assolou o país.
1.373 pessoas se candidataram para serem representantes convenção constitucional, entre essas, professores, ativistas, escritores e políticos.
65 cadeiras foram conquistadas por candidatos independentes. Os apoiados pelo atual presidente de direita, Sebastian Piñera, conseguiram menos de um terço das cadeiras disputadas.
Mais de 3 milhões de cidadãos foram as urnas.
Em 2019, a população do Chile foi às ruas pedindo uma nova Constituição. Os atos, em algumas ocasiões violentos, pediam o fim da influência deixada por Pinochet e reclamavam das desigualdades no país.
Após uma série de protestos, o presidente Sebastian Piñera concordou em convocar um plebiscito para colocar em pauta a constituição.
O plebiscito aconteceu no dia 25 de outubro de 2020 e 80% dos participantes aprovaram a mudança da constituição, que foi concluída no dia 16 de maio de 2021 com a eleição dos legisladores.