A Controladoria Geral da União já identificou servidores que participaram dos atos golpistas de domingo (8) em Brasília e que terminou com a sede dos Três Poderes depredadas. A CGU agora investiga qual foi a participação desses funcionários públicos para iniciar processos administrativos que podem terminar com a exoneração dos cargos.
A punição pode ocorrer porque no momento em que um cargo público é assumido, é feito um juramento no qual o profissional se compromete a preservar o patrimônio do Estado.
O ministro da CGU Vinícius de Carvalho, em conversa com o jornalista da BandNews FM Rodrigo Orengo, explicou que o cumprimento do voto não é limitado à jornada de trabalho.
Os técnicos do órgão fazem uma varredura e o cruzamento de informações para dar início aos processos de punição.
Além da sindicância interna, os envolvidos terão que responder na Justiça, com a possibilidade de resposta na esfera criminal. Em alguns casos, as ações podem ser classificadas como tentativa de golpe de Estado.
Na quarta-feira (11), a Controladoria enviou um ofício aos ministérios com orientações para auxiliar as pastas nas investigações internas.
A CGU informou que: “os servidores com eventual participação na depredação dos órgãos dos três poderes podem ter incorrido em faltas graves passíveis de apuração e punição disciplinar por violarem o dever de zelar pela conservação do patrimônio público e de manter conduta compatível com a moralidade administrativa, nos termos da Lei nº 8.112/1990”.