Cerca de 100 prefeitos devem se reunir hoje, para definir os detalhes da formação de um consórcio independente para compra de vacinas contra o coronavírus.
Será elaborado um manifesto de interesse que deve ser analisado pelos vereadores dos respectivos municípios.
O documento deve ser assinado até o dia 5 de março para que uma assembleia seja realizada e possa definir quantos municípios irão participar e quais as propostas poderão ser feitas aos fornecedores de vacinas.
A iniciativa foi possível depois de decisão do Supremo Tribunal Federal que na semana passada que deu sinal verde a Estados e municípios para que providenciem vacinas em caso de ingerência do governo federal.
O secretário-executivo da Frente Nacional dos Prefeitos, Gilberto Perri, afirma que até o fim da semana que vem todos os números serão definidos.
Atualmente, no mundo, há dez vacinas aprovadas, em uso, e mais de 230 em fase de testes.
A Frente Nacional dos Prefeitos deve destacar os representantes dos municípios mais engajados para negociar quais laboratórios poderão fornecer vacinas.
Entre os municípios engajados, o grupo inclui capitais como Curitiba, Salvador, Porto Alegre, Cuiabá, Porto Velho, Manaus, Campo Grande e Aracaju, além de cidades como Campinas, Ribeirão Preto e Petrolina.
Além do consórcio, as cidades de São Paulo e Salvador negociam diretamente com a Pfizer, cuja vacina foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária e vem sendo aplicada em cerca de 70 países.
Na próxima semana alguns prefeitos e secretários devem visitar a fábrica da União Química, representante no país da vacina Sputnik V, desenvolvida na Rússia.
A vacina russa teve seu pedido de uso emergencial recusado pelas autoridades sanitárias brasileiras por falta de documentos.