Com dificuldade para contratar recenseadores, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anuncia que a divulgação do Censo de 2022 deve sofrer um atraso de um mês. Essa é a segunda vez em que o instituto adia o fim da pesquisa.
A primeira entrega estava prevista para o final de outubro. A previsão agora é para janeiro do ano que vem.
Até agora, quase 170 milhões de brasileiros responderam ao Censo, o que corresponde à 66% da população. Isso significa que ainda resta um terço da população para responder às pesquisas. Apenas dois estados concluíram a coleta presencial: Piauí e Sergipe.
Esse atraso ocorre pela falta de recenseadores no Instituto. Apenas 30% das vagas de trabalho estão preenchidas, com cerca de 60 mil recenseadores. Em busca de novos contratantes, o diretor de pesquisas do IBGE, Cimar Azeredo, diz que o instituto aumentou a remuneração dos profissionais para atrair mais candidatos.
Além da dificuldade de locomoção para os recenseadores chegarem a certas localidades, a baixa remuneração é o principal motivo para a quantidade de vagas abertas. Na primeira faixa, a taxa mais baixa, para cada família entrevistada a remuneração é de R$0,51, podendo variar conforme o corrimento da entrevista e o número de entrevistados. Na nona faixa, mais alta, que corresponde às áreas rurais, a cada família entrevistada o valor pago é R$1,33.
Além disso, os recenseadores relataram atraso no recebimento dos salários e de auxílios. O IBGE informa que já está resolvendo esses problemas e pretende mover verbas de outras áreas para investir na produção do Censo.