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"Há um cenário claro de guerra generalizada no Oriente Médio", avalia especialista

Sidney Leite, professor de Relações Internacionais, analisou as características do conflito no Oriente Médio; docente também falou sobre as dificuldades de possíveis 'mediadores' atuarem no combate

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Dias após a escalada nos conflitos no Oriente Médio, com incursões terrestres e bombardeios de Israel no sul do Líbano e ataques com mísseis promovidos pelo Irã contra o território israelense, há quem defenda que este seja o início de uma guerra generalizada.

Essa é a opinião de Sidney Leite, professor de Relações Internacionais, e que conversou com a equipe de reportagem da BandNews FM para falar sobre o conflito no Oriente Médio. De acordo com o especialista, é possível que a geografia dos países no entorno de Israel e Irã favoreça uma crescente na violência na região.

"Se a gente olhar o mapa, temos Israel e, logo depois, temos acima o Líbano, a Síria, o Iraque, e só ai vem o Irã. E levando em conta que o Iraque e a Síria também são aliados do Irã, temos a configuração clara do que chamamos de uma guerra generalizada no Oriente Médio", disse.

Ainda de acordo com Sidney, a situação pode ter escalado pela situação interna de possíveis mediadores internacionais. A falta de ação destes países pode colocar a China como uma potencial moderador para evitar que a situação se torne insustentável.

"Os atores que poderiam mediar vivem questões internas importantes. Os Estados Unidos estão a um mês das eleições. Dificilmente o governo Biden vai tomar uma medida que seja pontual e a favor, ou contra, um dos lados em litígio. E a própria Rússia está envolvida na sua guerra contra a Ucrânia. Penso que a China pode jogar nesse papel de mediador", completou.

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