Câmara dos Representantes dos EUA votará resolução que limita ações militares de Trump em relação ao Irã

Da Redação

Câmara dos Representantes dos EUA votará resolução que limita ações militares de Trump em relação ao Irã
Reprodução TV
(Foto: AFP 2019 / Brendan Smialowski)

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos deve votar nos próximos dias uma resolução que limita as ações militares de Donald Trump em relação ao Irã.

O projeto foi anunciado pela presidente da casa, Nancy Pelosi, opositora do presidente norte-americano. Segundo a parlamentar, o Congresso não autorizou o bombardeio que matou um dos principais representantes do exército iraniano e que causou uma escalada nas tensões no Oriente Médio.

Pelosi ainda afirmou que a resolução apresentada tem como objetivo manter a segurança do povo norte-americano. O Irã prometeu se vingar dos Estados Unidos.

Mas para o cientista político Pedro Costa Junior, essa reação iraniana pode não ser imediata nem violenta como se poderia esperar após a morte do número um da Guarda Revolucionária do país. Ele ressalta que a tradição persa faz ser mais provável uma ação paciente e localizada.

 

O especialista em Relações Internacionais observa que essa tradição de estratégia é oposta ao comportamento adotado por Donald Trump ao ordenar e assumir o ataque da semana passada. Pedro Costa Junior ressalta que a ação no Iraque mostra ao mesmo tempo contradição e coerência.

Primeiro, ao atacar o Irã, Trump vai de encontro a uma política de isolamento “do resto do mundo”. Por outro lado, segundo o professor, a ofensiva confirma a posição atual americana de não se importar com países ou organizações que atrapalhem os interesses da nação:

 

O especialista relativiza os pronunciamentos feitos até agora por países e organizações internacionais – dos alertas de China e Rússia aos pedidos de paz da França e do Vaticano. Pedro Costa Junior lembra que é muito difícil esperar que uma unica nação ou organismo tome uma decisão prática num contexto que envolve tantos interesses diferentes.

Ontem, novos foguetes foram disparadas contra áreas próxima à embaixada dos Estados Unidos no Iraque. O Irã também anunciou que estava deixando o acordo nuclear de 2015 para poder enriquecer urânio, produto base para um eventual bomba nuclear, sem qualquer limitação.

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