A cúpula da Confederação Brasileira de Futebol decidiu, por unanimidade, afastar por mais 60 dias o presidente da entidade Rogério Caboclo. O dirigente já estava afastado preventivamente das funções desde o dia 6 de junho após a denúncia de uma funcionária que afirma ter sido vítima de assédios moral e sexual praticados por Caboclo.
O caso é analisado pelo comitê de Ética do Futebol Brasileiro. De acordo com o Artigo 21 do Código de Ética e Conduta do Futebol Brasileiro, o presidente pode ser banido do futebol.
Na mesma reunião que ratificou o afastamento de Rogério Caboclo, também foi definida a limitação dos poderes de compra pelo presidente da CBF.
A decisão foi tomada após a compra de um avião pelo dirigente, com verba da entidade, sem a aprovação da diretoria, no dia em que foi alvo de denúncias.
Caboclo nega as acusações e afirma que o padrinho político Marco Polo del Nero é articulador de um esquema para poder retormar à entidade. Ele era presidente antes de Rogério Caboclo e o atual presidente o acusa de oferecer R$ 12 milhões à funcionária para que ela não leve a acusação de assédio à frente.