O Brasil registra em apenas quatro meses quase o mesmo número de casos de dengue de todo o ano passado. Até abril, foram pelo menos 542 mil registros da doença - um aumento de 113% em relação ao mesmo período de 2021. Em todo o ano passado, foram contabilizados 544 mil infectados, segundo o Ministério da Saúde.

A BandNews FM mobilizou sua rede para trazer um raio-x da doença em diferentes regiões. O estado de Goiás lidera a incidência de casos de dengue no Brasil. Segundo dados do boletim epidemiológico do governo federal, são 1.366 registros a cada 100 mil habitantes. Até o momento foram confirmadas 19 mortes no estado. Goiânia é o município que mais registrou casos.

Cenário parecido vive o Paraná, onde foi declarada situação de epidemia. Foram registradas 9 mortes e 80 mil casos notificados. No Rio Grande do Sul, chega a 13 o número de vítimas da dengue em 2022. É o maior volume já registrado na série histórica. São mais de 13 mil casos da doença.

Já o Rio de Janeiro identificou um aumento expressivo nos casos de dengue no estado desde o início de janeiro até a segunda quinzena de março de 2022, em relação ao mesmo período do ano passado.

Em todo país, o estado fluminense teve o segundo maior aumento, com uma alta de 207% dos testes com resultados positivos.

São Paulo registrou um aumento de 21,4% nos casos prováveis de dengue entre janeiro e abril de 2022 na comparação com o mesmo período do ano passado. O Ministério da Saúde contabiliza 126.263 casos da doença no Estado – o que coloca o São Paulo na liderança do país.

São 270,7 casos a cada 100 mil habitantes – é a oitava maior incidência entre as unidades federativas do país. 56 mortes foram confirmadas em todo o Estado. A capital paulista não registra vítimas da dengue.

A situação é mais grave no interior. Votuporanga, por exemplo, tem uma incidência de 7.113 casos a cada 100 mil habitantes - foram 6.836 casos prováveis. São José do Rio Preto é a cidade paulista com o maior número de registros: 7.466 até o momento.

O mosquito Aedes aegypti transmite também a febre chikungunya que, no Ceará, contabiliza 4.006 casos. É uma alta de 5.879% na comparação do mesmo período do ano passado.