A Polícia Civil busca saber quem criou a empresa de fachada que recebeu pagamentos a título de comissão pelo fechamento do patrocínio da empresa de apostas VaideBet com o Corinthians.
Nesta terça-feira (11), a mulher apontada como suposta sócia da NeoWay Soluções Integradas em Serviços, Edna Oliveira dos Santos, prestou depoimento e disse que não autorizou ninguém a criar uma pessoa jurídica com dados dela.
Em entrevista à BandNews FM, o delegado responsável pelo caso, Tiago Fernando Correia, afirmou que o próximo passo das investigações é saber se o dinheiro repassado pela Rede Social Media Design, tida como a intermediária das negociações, permanece em alguma conta relacionada à Neoway ou já foi transferido.
Tiago ainda diz que nem o presidente do Corinthians, Augusto Melo, nem outros dirigentes estão sendo formalmente investigados e que o clube é tratado, ao menos agora, como uma potencial vítima.
Entretanto, a Polícia Civil notificou a diretoria corintiana para esclarecer qual a natureza do envolvimento com a Rede Social e quanto foi ou seria pago à empresa.
Na última sexta-feira (7), a VaideBet anunciou o rompimento do contrato com o Corinthians alegando que acionou uma cláusula anticorrupção e que já havia pedido explicações formais sobre o caso, sem sucesso.
O patrocínio, considerado o maior do futebol brasileiro, renderia ao Timão R$ 360 milhões em 3 anos.