Caso Salgueiro: Delegacia de Homicídios pede perícia de armamento usado pela Polícia Militar em operação

Ação da PM deixou 10 mortos

BandNewsFM

Polícia Militar enfrenta inquérito após operação no Complexo do Salgueiro
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo aguarda a Polícia Militar apresentar as armas utilizadas durante operação do Bope no último domingo que terminou com 10 mortos no Complexo do Salgueiro, na Região Metropolitana. 

O armamento vai passar por perícia. A delegacia já pediu a lista de todos os agentes que participaram da ação.

Moradores também serão intimados e devem prestar depoimento. A Polícia Civil ainda aguarda o resultado da perícia dos corpos, mas já antecipou que não há indícios de tortura.

Relembre o caso

A operação do Bope foi realizada no conjunto de favelas após a morte de um sargento da PM. Entre os mortos, Igor da Costa Coutinho, apontado pela Polícia Militar como um dos suspeitos de matar o agente.

Os nove corpos já foram identificados. Oito foram encontrados em área de mangue da comunidade e retirados pelos próprios moradores da região. Desses, quatro não tinham passagem pela polícia.

De acordo com a PM, um menor que não tinha registro de ocorrência era um dos quatro suspeitos que estavam utilizando roupas camufladas. Uma foto do jovem com um fuzil circula na internet. A Polícia Civil confirmou que a imagem é do adolescente.

A dona de um bar no Complexo do Salgueiro que preferiu não se identificar afirma que e o estabelecimento foi invadido por policiais e um recado foi deixado na porta, agradecendo pela recepção. 

Procurada, a corporação ainda não se pronunciou sobre o episódio. O Ministério Público e a Defensoria investigam a ação da PM.

Considerado uma das regiões mais violentas do Rio de Janeiro, o Complexo do Salgueiro é formado por sete comunidades. Só neste ano, o conjunto de favelas registrou 42 confrontos, segundo a plataforma Fogo Cruzado. Em média, um tiroteio por semana.

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