Um ato pedindo respostas acontece na manhã desta quarta-feira (30), antes do julgamento de dois réus pelas mortes de Marielle Franco e Anderson Gomes.
A ação conta com a participação de Mães e familiares de vítimas da violência no Rio de Janeiro, que entregam girassóis, símbolo da campanha da vereadora.
O ato acontece em frente ao Tribunal de Justiça do Rio, onde os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz vão ser levados a júri popular, a partir das 9h.
Ronnie confessou ter atirado nas vítimas, e Élcio, ter dirigido o carro usado no crime.
Eles vão participar de forma remota, porque estão presos fora do Rio de Janeiro.
A audiência pode durar mais de um dia, já que nove testemunhas ainda devem ser ouvidas, incluindo familiares das vítimas. Sete foram indicadas pelo Ministério Público e duas pela defesa de Ronnie Lessa. Os réus também devem prestar depoimento, antes da decisão do júri.
O processo apura somente a execução do crime. O planejamento é investigado em uma ação no Supremo Tribunal Federal.
Os réus pela execução apontaram que os mandantes do crime são os irmãos Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, e Chiquinho Brazão, deputado federal. O ex-chefe de Polícia Civil do Rio Rivaldo Barbosa teria obstruído as investigações. O trio e outras duas pessoas são réus na ação do STF e estão presos, mas negam as acusações.
Marielle e Anderson morreram em março de 2018 e, até agora, ninguém foi condenado.