A Polícia Civil de São Paulo já identificou parte da torcida organizada Mancha Alviverde - que apoia o Palmeiras - que atacou torcedores da Máfia Azul - adeptos do Cruzeiro - numa emboscada realizada na rodovia Fernão Dias, na manhã do último domingo (27).
Com a identificação, o Ministério Público de São Paulo pedirá a prisão dos envolvidos, que deverão responder por crimes de homicídio, tentativa de assassinato e associação criminosa.
A penas pode passar de 30 anos, como explica o procurador-geral de Justiça de São Paulo, Paulo Cesar de Oliveira e Silva: "Entendemos que aquilo não era torcida, era uma facção. Havia um ajuste prévio, uma hierarquia, uma divisão de tarefas. Estavam armados com pedras, paus, barras de ferro, rojões e foram para se vingar".
No âmbito da Polícia Civil, o caso é tratado pela delegacia de repressão esportiva, a Drade - Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva.
A principal suspeita é de que a emboscada tenha sido uma vingança a um ataque promovido da Máfia Azul contra palmeirenses. Na ocasião, em setembro de 2022, o confronto também ocorreu na rodovia Fernão Dias, mas na cidade Carmópolis de Minas.
Ontem, o corpo do entregador e motorista de aplicativo José Vitor Miranda, de 30 anos, foi transportado a Minas Gerais. Ele deixa um filho de oito anos.
Posicionamento da Mancha Alvi-verde
Na última segunda-feira (28), a principal torcida organizada do Palmeiras emitiu uma nota em que classifica a ação de emboscada como "isolada".
"Queremos desde já deixar claro que a Mancha Alvi Verde não organizou, participou ou incentivou qualquer ação relacionada a esse incidente. Com mais de 45.000 associados, nossa torcida não pode ser responsabilizada por ações isoladas de cerca de 50 torcedores, que desrespeitam os princípios de respeito e paz que promovemos e defendemos", disse a organizada.