Caso Henry: defesa de Jairinho apresenta vídeo para excluir alegação de omissão de socorro

Peritos apontam que ação do médico de prestar respiração boca a boca foi feita de maneira incorreta; Criança já estava morta no momento

BandNews FM

Morte do menino de 4 anos aconteceu no dia 08 de março de 2021
Foto: Reprodução

A defesa do ex-vereador Jairinho divulga o trecho de um vídeo feito por uma câmera de segurança no dia da morte de Henry Borel, alegando que o político prestou socorro ao menino. Nas imagens, feitas dentro do elevador do prédio onde Jairo morava com a mãe da criança, Monique Medeiros, é possível ver o então padrasto de Henry assoprando duas vezes na boca do menino.

Monique está com Henry no colo, e a criança não esboça nenhuma reação, além de estar pálida. O laudo feito pela Polícia Civil durante o inquérito mostrou que Henry Borel já estava morto há pelo menos duas horas quando entrou no elevador.

Durante a primeira audiência do caso, no início do mês, o delegado responsável pelo inquérito, Henrique Damasceno, disse que "assoprar na boca de uma criança no colo, desfalecida, não é o procedimento certo em um caso como esse", principalmente pelo fato de Jairo ser médico. A defesa do ex-vereador alega que ele nunca exerceu a medicina, e por isso não saberia aplicar a técnica corretamente, e usa o vídeo para rebater a acusação de omissão de socorro.

Segundo o Ministério Público, Jairinho e Monique são os responsáveis pela morte de Henry, no dia 8 de março. Os dois estão presos e são réus por tortura e homicídio triplamente qualificado.

Novas audiências do caso estão marcadas para dezembro.

RELEMBRE O CASO

A morte do menino de 4 anos aconteceu no dia 08 de março de 2021, na Barra da Tijuca. A criança foi vítima de violência extrema e sofreu 23 lesões, com lacerações no fígado. O laudo apontou óbito em decorrência de ação violenta, o que desmente o discurso apresentado pela defesa do casal, o qual apontava que Henry havia caído da cama em um acidente doméstico.

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