
Mesmo com a conclusão do inquérito, a Polícia Civil de São Paulo afirma que vai seguir com as investigações sobre o assassinato de Vinicius Gritzbach, delator do PCC, executado a tiros de fuzil no Aeroporto Internacional de São Paulo, em novembro. Os agentes apuram se os policiais militares que faziam a escolta da vítima tiveram envolvimento direto na ação, forcenecendo informações aos executores. 14 PMs estão presos.
Segundo a conclusão do inquérito apresentado com 486 páginas, o motivo do assassinato foi vingança e seis pessoas foram indiciados por homicídio. Três são PMS e seguem detidos, e os outros estão foragidos, incluindo os mandantes. São eles, Emílio Carlos Gongorra, o Cigarreira, e Diego Amaral, o Didi, ambos apontados como mandantes e que ainda não foram detidos; Kauê Amaral, que era o olheiro no aeroporto, também foragido. Os outros são Denis Antônio Martins, cabo da PM, Ruan Silva Rodrigues, soldado, e Fernando Genauro, tenente.
Segundo o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, Cigarreira mandou matar Gritzbach para vingar Anselmo Santa Fausta, traficante assassinado em 2021. Além disso, outra motivação seria um desfalque financeiro por parte do delator que entregou esquemas criminosos do PCC e denunciou policiais por corrupção em depoimentos ao Ministério Público.