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Caso Brigadeirão: Justiça do RJ torna rés namorada da vítima e mentora do crime

Suyany Breschak e Julia Cathermol vão ficar continuar detidas de forma preventiva

Rádio BandNews FM

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Reprodução/Câmera de Segurança

A Justiça do Rio de Janeiro aceitou nesta quarta-feira (24) a denúncia do Ministério Público que torna rés a namorada do empresário envenenado com um brigadeirão e a mentora espiritual dela.

Julia Cathermol, de 29 anos, e Suyany Breschak, de 27, vão responder pelo crime de homicídio por motivo torpe e com emprego de veneno, vender as armas da vítima e falsidade ideológica.

A Justiça também determinou a substituição do mandado de prisão temporária por prisão preventiva das duas acusadas. Suyany está detida no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, e Julia Andrade está presa em Benfica, na Zona Norte.

Segundo o Ministério Público, a morte de Luiz Marcelo Ormond foi causada pelo envenenamento do brigadeirão oferecido à vítima pela própria namorada.

Os promotores destacaram que a comida foi misturada com quantidade expressiva de comprimidos triturados de clonazepam e morfina.

O episódio aconteceu em maio deste ano no bairro Engenho Novo, na Zona Norte do Rio. O corpo do empresário foi encontrado no apartamento em que morava em estado avançado de decomposição.

O órgão ressaltou que vai dar andamento a outras investigações relacionadas ao crime, principalmente em relação aos atos praticados após o homicídio que envolvem os demais bens da vítima.

Para as etapas de audiência de instrução e julgamento, o Ministério Público pediu a intimação de 20 testemunhas. Entre elas, dois policiais civis, dois policiais militares e o primo do empresário.

Na decisão, a juíza Lucia Mothe destacou que existe prova de materialidade e indícios suficientes de autoria. Além disso, para a magistrada, os depoimentos colhidos na fase de inquérito policial comprovam que as denunciadas tinham o objetivo de matar a vítima e usufruir dos bens.

A mentora espiritual Suyane Breschak recebeu R$ 600 mil como parte do pagamento de uma dívida da namorada do empresário.

Para a decretação da prisão preventiva, a juíza justificou o alto grau de periculosidade das acusadas e a possibilidade de fuga, uma vez que Julia Pimentel chegou a ficar foragida por uma semana.

Ao todo, seis pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil acusadas de envolvimento no assassinato. Leandro Jean Rodrigues e Victor Ernesto de Souza vão responder por receptação e venda de armas, associação criminosa e fraude processual. Já Geovani Tavares Gonçalves e Michael Graça Soares foram indiciados pela compra das armas de Ormond. Eles respondem em liberdade.

Os investigadores acreditam que a namorada tenha atuado sob orientação de Suyany, que tinha medo dos supostos "poderes mágicos" dela. Em depoimento, a mentora espiritual admitiu que tinha como fonte de renda pagamentos mensais que eram feitos por Júlia.

No inquérito policial, ainda é destacado que Julia mentiu sobre ter sido agredida pelo empresário. Ela chegou a fazer um exame de corpo de delito que foi realizado no dia em que o corpo de Ormond foi encontrado.

O advogado de Suyany disse que a defesa vai se manifestar nos autos do processo dentro do prazo estabelecido. A BandNews FM tenta contato com a defesa de Julia Pimenta.

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