O julgamento do caso das quatro vítimas de intoxicação após ingestão de cervejas da Backer teve início nesta segunda-feira (23). Duas testemunhas já foram ouvidas no Fórum Lafayette, em Belo Horizonte e as audiências devem seguir até a próxima quinta-feira.
Nesta primeira etapa, serão recolhidos provas orais das vítimas, fiscais e delegados. O caso ocorreu em 2020, deixando dez mortos e pelo menos quatro pessoas com sequelas.
Todas as vítimas ouvidas passaram por internações depois de consumirem as cervejas e apresentaram sequelas, principalmente renais, sendo necessária a realização de hemodiálise. Outras consequências relatadas foram parada respiratória, paralisação dos nervos periféricos do corpo e alucinações auditivas.
Onze pessoas foram indiciadas por tentativa de homicídio, lesão e contaminação de alimentos. Um dos réus morreu no ano passado.
Em janeiro de 2020 vieram à tona os casos de contaminação por dietilenoglicol, substância encontrada em rótulos da cerveja belorizontina, produzida pela Backer.
Dois anos após o caso, a Cervejaria Três Lobos, dona da marca, voltou a produzir cerveja, que já está a venda em estabelecimentos comerciais de Belo Horizonte.