A ministra Cármen Lúcia pediu nesta quarta-feira (07) que a Procuradoria-Geral da República se manifeste no inquérito que apura supostas fraudes no Ministério da Educação e a possível interferência de Jair Bolsonaro nas investigações da Polícia Federal.
A magistrada é relatora do processo de deu origem a investigação contra Milton Ribeiro, suspeito de conceder vantagem na concessão de recursos do MEC para pastores amigos do presidente. A ação saiu do STF quando o ex-ministro deixou o cargo e perdeu o foro privilegiado, mas voltou para as mãos da ministra com a suspeita de interferência do presidente Jair Bolsonaro na Operação Acesso Pago, da PF.
Em uma gravação telefônica obtida pela Polícia Federal, Ribeiro fala com uma das filhas e afirma que Bolsonaro o ligou e disse ter um “pressentimento” de que uma operação ia ocorrer contra o ministro.
No Supremo Tribunal Federal, o processo está sob sigilo.
Caberá agora à PGR avaliar se há indícios e elementos para abrir uma apuração formal contra Jair Bolsonaro – que, até o momento, não é investigado.
A PGR não tem um prazo formal para se pronunciar.
A Procuradoria-Geral da República já foi acionada em três notícias-crimes apresentadas no STF pedindo investigações formais contra o presidente, mas ainda não houve manifestação formal em nenhuma das ações.
Na terça-feira (05), a Advocacia-Geral da União negou a interferência do presidente na investigação da Polícia Federal.