Carlos Andreazza: Brasil perde o 'timing' do controle de gastos e Copom sobe o tom

Colunista analisou a trajetória da dívida pública do Brasil nos últimos anos e argumentou que o país perdeu uma oportunidade de ajustar as contas antes de um ano pré-eleitoral e eleitoral

O colunista Carlos Andreazza, da BandNews FM, analisou durante a manhã desta quinta-feira (12) a situação fiscal e o futuro das contas públicas na economia brasileira.

De acordo com o jornalista, o Brasil perdeu uma enorme oportunidade de apresentar um plano de corte de gastos que pudesse ajustar a parte fiscal da economia brasileira.  

O intuito do governo Lula, segundo Andreazza, foi de diminuir o impacto do endividamento anual e prorrogar suas consequências até 2027, no ano pós-eleição.

"Falo isso com pena, porque a hora de fazer uma intervenção fiscal necessária para conter o crescimento descontrolado da despesa, é no começo do governo. E esse momento, nós perdemos", disse.

"Feito no improviso, para dar resposta ao mercado e que não deu a resposta esperada. É insuficiente. Nem sequer consolida, materializará os números que o Ministério da Fazenda projeta, os R$ 70 bilhões de economia. Só na calculadora do Fernando Haddad que se chega a esse número", completou.

Andreazza ainda ressaltou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, que será acima dos 3%, acontecerá em resultado da PEC da Transição, que "jorrou" R$ 170 bilhões na economia brasileira.

"Dinheiro que fez o Brasil dar esse salto artificial. Crescimento artificial que é insustentável ao longo do tempo. Agora, já passou. Agora já é 2026", finalizou.

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