Santos e Palmeiras farão a terceira final brasileira na história da Libertadores. Uma rivalidade que se intensificou nos últimos anos com os dois times se encontrando nas finais do Paulistão e Copa do Brasil de 2015.
O Peixe venceu a Libertadores pela última vez em 2011, uma geração de Meninos da Vila liderados por Neymar e Paulo Henrique Ganso sob o comando de Muricy Ramalho. Mas a campanha daquele ano, foi bem diferente da atual do time do técnico Cuca.
Em 2011, o Santos começou a competição com empates e derrotas e teve um aproveitamento de 62% em 14 jogos.
O campeão da Libertadores de 2011, o ex jogador Elano, que tem sete títulos pelo Santos e 322 jogos disputados, relembra com carinho de momentos marcantes da campanha daquele ano.
Em entrevista exclusiva à rádio BandNews FM, Elano classifica os duelos contra o time paraguaio do Cerro Porteño como os mais emblemáticos.
“A gente precisava ganhar, se não, estaríamos fora da primeira fase. O Muricy chegou e a gente conseguiu uma vitória. Já nas semifinais, nos trouxe uma confiança muito importante”, completa Elano.
O Santos começou o ano de 2020 uma maneira turbulenta: eliminação precoce no Paulistão. No meio do caminho até a final, a intensificação da crise financeira e proibição de novas contratações, saída de jogadores que reclamaram do atraso no pagamento dos salários, troca no comando técnico, eliminação na Copa do Brasil e até impeachment do ex-presidente José Carlos Peres.
Adversidades que não abalaram o time dentro de campo, que eliminou na fase mata-mata a LDU, o Grêmio e o Boca Juniors. Na fase de grupos, se classificou em primeiro na chave, com 89% de aproveitamento e invicto. O time do técnico Cuca perdeu apenas um jogo na competição, para a LDU, em casa, por 1 a 0.
Esta é a quinta final do Santos na Libertadores, que ostenta três títulos: 1962, 1963 e 2011, além do vice-campeonato de 2003.
O jogador santista mais vitorioso depois da Era Pelé, o ex-lateral-esquerdo Léo analisa a trajetória do Santos até a grande final.
“Falar deste elenco do Santos é muito gratificante, foi degrau por degrau. Um trabalho sólido do Cuca, que blindou o vestiário do Santos. O início da temporada foi muito conturbado no clube. O Cuca agregou e montou a filosofia com um trabalho sólido e confiança. São as duas melhores campanhas da Libertadores; não vejo favoritismo entre as equipes que têm propostas de jogo ofensivas”, completa Léo.
Atualmente, Elano está concluindo a licença PRO da CBF. Recentemente, trabalhou como técnico na Inter de Limeira e no Figueirense. Ele afirma em entrevista exclusiva à rádio BandNews FM que utiliza a experiência de 20 anos no mundo do futebol para lidar melhor com a parte mental dos jogadores. Inclusive, Elano ressalta que já recebeu algumas propostas de clubes de futebol, mas que a prioridade no momento é o curso na CBF Academy.
“Eu já fiz o curso A e o B, mas o PRO tem me ajudado nas áreas de coach esportivo e administração. Eu tive aulas com representantes do Red Bull Bragantino e do Palmeiras, por exemplo. São áreas que eu não tenho convivido como treinador no momento. Mas, quando você chega ao clube, são muitas coisas pra pensar. O curso nos ajuda a trazer pontos de vista positivos, que podem ser considerados pequenos, mas fundamentais. Quero voltar em breve a trabalhar como técnico e sei que o curso também vai abrir portas importantes”, explica Elano.
Em busca do tetra da Libertadores, o Santos encara o Palmeiras na final única, neste sábado (30), no Estádio do Maracanã, às 17h, com transmissão da BandNews FM.
Confira a entrevista na íntegra com o ex-lateral esquerdo Léo Bastos:
Confira a entrevista na íntegra com o ex-meia Elano Blumer:
Confira a reportagem especial sobre a final da Libertadores da repórter Juliana Yamaoka: