A campanha de Guilherme Boulos (PSOL) entrou com notícia-crime no Tribunal Superior Eleitoral, neste domingo (27), e pediu a inelegibilidade do prefeito reeleito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), e do governador paulista Tarcísio de Freitas (Republicanos), por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação.
Mais cedo, durante a abertura das urnas, o governador afirmou, sem apresentar provas, que, segundo a inteligência de Segurança Pública de São Paulo, membros do Primeiro Comando da Capital teriam orientado pessoas vinculadas à organização a votarem em Boulos.
Durante uma coletiva de imprensa, concedida também neste domingo (27), o deputado afirmou que as declarações foram “irresponsáveis e mentirosas”. Além disso, Boulos se referiu ao caso como “laudo falso do segundo turno”, relembrando o documento falso divulgado por Pablo Marçal (PRTB) que o associava ao uso de drogas.
Em discurso final, após perder a eleição para a Prefeitura de São Paulo, neste domingo (27), o candidato derrotado mencionou as acusações do governador do estado, Tarcísio de Freitas, mas disse que não entraria em detalhes sobre o caso e que esperaria uma ação da justiça eleitoral.
Segundo a presidente do TSE, ministra Cármen Lúcia, a Justiça Eleitoral dará uma resposta rápida à notícia-crime de Boulos. Além disso, afirmou se tratar de um incidente isolado que não compromete a credibilidade das eleições.