O ministro das Comunicações e um dos coordenadores de campanha de Jair Bolsonaro, Fábio Faria, promete entregar nesta terça-feira (25) ao Tribunal Superior Eleitoral supostas provas de irregularidades na veiculação da propaganda eleitoral do candidato à reeleição. Na noite de segunda-feira (24), em frente ao Palácio da Alvorada, o político alegou que a campanha identificou que 154 mil inserções da propaganda do atual presidente não foram veiculadas. O TSE cobrou a apresentação de provas em 24 horas.
O descumprimento do prazo estabelecido pelo presidente da Corte Eleitoral, ministro Alexandre de Moraes, implica no cometimento de crime eleitoral por parte da campanha do PL. O atual presidente apresentou ao TSE um pedido de suspensão da campanha do PT por suposto privilégio na veiculação de peças publicitárias no rádio.
A petição inicial apresentada não foi acompanhada de “qualquer prova e/ou documento sério, limitando-se o representante a juntar um suposto e apócrifo 'relatório de veiculações em rádio', que teria sido gerado pela empresa 'Audiency Brasil Tecnologia'", segundo despacho de Moraes.
No pedido, a campanha de Bolsonaro alega que suposta fraude eleitoral pode tornar o pleito ilegítimo.
Em entrevista convocada às pressas, o ministro afirmou que 154 mil inserções do candidato à reeleição deixaram de ser veiculada em rádios brasileiras. Apenas no Nordeste, teriam sido mais de 20 mil propagandas de 30 segundos a menos. Levadas ao ar, hipoteticamente na mesma emissora, o material cobriria mais de 50 dias ininterrupto de programação.
A fiscalização do cumprimento do plano de mídia do Tribunal Superior Eleitoral é função dos partidos diretamente envolvidos no pleito. A alegação de desprestígio da campanha do PL acontece no mesmo dia em que a campanha do PT começou a veicular 116 direitos de resposta conquistados em cinco emissoras de TV por conta de peças publicitárias produzidas por Bolsonaro e consideradas desonrosas ao adversário.